No mês que marcou o fim da colheita da safra 2019/2020, a produtividade da soja no país é de 3,28 toneladas por hectare. As exportações bateram recorde em abril, com 16,3 milhões de toneladas, volume que não estava sendo esperado para um mês só e surpreendeu o mercado.

O que poderia ser um revés para os números positivos que a cultura tem gerado para o país e para os produtores são as doenças, que se instalam nas lavouras e reduzem a produtividade, além de aumentar o custo de produção. Uma conta que não fecha na hora de comercializar o produto. É o caso da ferrugem asiática (Phakopsora pachyrhizi), uma das doenças mais comuns nas lavouras do país e que gera prejuízos anuais de até  R$2,8 bilhões.

A fim de buscar proteção para a lavoura, é necessário que o sojicultor esteja atento a todas as fases de desenvolvimento da planta, desde o plantio até a colheita. Acompanhar o crescimento da cultura é uma maneira de garantir a qualidade, buscar soluções de forma mais rápida para possíveis problemas causados por doenças e um norte na hora de negociar contratos futuros.

Em tempos de doenças tão habituais e devastadoras como a Mancha-alvo, Mancha-parda, Antracnose, Septoriose, Oídio e Mancha púrpura da semente, também conhecida como “crestamento foliar”, observar e ter conhecimento sobre meios de combatê-las para evitar prejuízos é fundamental.

Inimigas da produtividade: Identificando e reconhecendo as doenças da soja

As doenças estão entre as principais causas de queda na produtividade nas lavouras e exigem medidas pontuais para evitar o comprometimento da produtividade.

As doenças mais comuns nas lavouras de soja são inúmeras e, se não houver o controle e manejo adequado, os resultados geram perdas significativas. Entre todas as ameaças, as mais comuns e agressivas são:

  • Ferrugem asiática

Entre as doenças que mais causam prejuízo nas lavouras brasileiras é a ferrugem Asiática, causada pelo fungo Phakopsora pachyrhizi, responsável pela desfolha precoce que impede a formação completa dos grãos e, consequentemente, gera queda na produtividade da lavoura. A doença teve o primeiro diagnóstico no Brasil em 2001 e o fungo se dissemina facilmente pelo vento. Segundo a Embrapa, a incidência da doença pode gerar perdas de até 90% da produção.

Inicialmente, a doença pode ser percebida por deixar pequenos pontos escuros na parte superior do tecido foliar, enquanto na parte inferior da folha formam-se as urédias, parecidas com verrugas. Este é o espaço que o fungo usa para produzir seus esporos, chamados “uredósporos”. Depois disso, a coloração das urédias escurece e chega a um tom castanho-escuro, enquanto a folha atacada fica mais clara, com aspecto de seca, em tons próximos ao marrom claro.

A incidência da doença, combinada com um clima que favoreça o seu desenvolvimento, é que determina os danos causados à cultura. A ferrugem asiática é comum em todas as regiões produtoras do país.

O controle da doença é difícil, mas pode ser evitado, a princípio, através da escolha de cultivares mais resistentes. Mesmo assim, os riscos de uma infestação existem. O controle químico acaba sendo a forma mais eficaz de controlar e combater a doença.

  • Crestamento foliar

Consequência do ataque do fungo Cercospora kikuchii, o crestamento foliar é comum em todas as regiões produtoras de soja do Brasil, mas se desenvolve melhor em regiões quentes e chuvosas, como o Cerrado.

Também chamada de crestamento foliar de “cercospora”, é uma doença que se manifesta na reta final do ciclo da soja, causando prejuízos de até 20% para o produtor. O ataque do fungo C. kikuchii resulta na mancha púrpura na semente, o que gera redução na qualidade do grão e na germinação. Quando associada a outras doenças, os prejuízos causados pelo crestamento podem ser ainda mais severos.

O ataque da doença pode ser controlado através da integração de tratamento de sementes e a rotação de culturas suscetíveis, além do uso de fungicidas, que agem de forma pontual e prolongada contra a praga.

  • Mancha-alvo

Além da soja, também comum em lavouras de algodão, a mancha-alvo é causada por um patógeno onívoro, isto é, organismos vivos capazes de causar doenças a um hospedeiro e que conseguem consumir e metabolizar alimentos de origem animal e vegetal, Corynespora cassiicola. Os prejuízos causados pela doença chegam a 25% de perdas na lavoura, de acordo com o período do ataque, condições climáticas e suscetibilidade da cultura.

Trata-se de uma praga que, por transmitir doenças aos hospedeiros, pode afetar o cultivo e crescimento da cultura subsequente, mantendo o ciclo de ataques não só na cultivar que está em desenvolvimento, mas também nas próximas culturas a serem plantadas no mesmo espaço depois da colheita.

Por se tratar de um fungo necrófito, a solução para o controle e combate se dá através da escolha de sementes tratadas com fungicidas, rotação de culturas e controle químico, sendo este último uma solução economicamente viável, especialmente nas estações mais chuvosas, quando são observados os primeiros sintomas da doença na planta.

  • Mancha-parda

Comum no final do ciclo da soja, a mancha-parda é causada pelo fungo Septoria glycines e pode comprometer a qualidade dos grãos e das folhas da cultivar. A doença aparece na lavoura e ataca de forma mais severa quando a soja está no estádio R5, aquele que marca o início da formação das vagens.

O ataque do fungo é percebido na planta através de pontuações marrons com um halo amarelo e causa desfolha precoce da soja. Resistente, o fungo sobrevive mesmo depois da colheita do grão e, sem o tratamento correto do solo, respeito à janela de cultivo ideal e tratamento das sementes, pode atacar a cultura plantada posteriormente. 

Possíveis feridas nas plantas servem muitas vezes como porta de entrada para o fungo, que se desenvolve melhor com o solo em temperaturas baixas e umidade elevada. Ele pode se manter no solo de um ano para o outro como escleroto ou em forma de micélio em resíduos vegetais.

  • Oídio

O Erysiphe diffusa é um parasita que ataca espécies de leguminosas e se desenvolve na parte superior da soja, atacando folhas, hastes e vagens. Presente em todas as regiões produtoras, a doença surgiu no Brasil em 1997 e surpreendeu o país por ser perigosa e devastadora. Comum nas lavouras até hoje, os prejuízos do ataque podem causar perdas de até 40% da produção.

O ataque do oídio pode ser percebido por uma camada de cor branca ou cinza e conídios pulverulentos que cobrem parte da planta. As folhas atacadas da cultivar caem de forma prematura e o restante da estrutura da cultivar fica com tons marrons e acinzentados, deixando a lavoura com aspecto de dessecada.

A infecção acontece em qualquer estádio da planta, mas é mais perceptível no início da floração. A propagação do fungo é possível através do vento e, por causa disso, atacam as plantas das bordas da lavoura primeiro, já que o ambiente é mais propício. A identificação rápida ajuda no controle da doença, que pode ser prevenido através do tratamento de sementes e do controle químico.

  • Antracnose

A principal doença que afeta a soja no período inicial da formação de vagens, causada pelo fungo Colletotrichum truncatum, a antracnose ocorre com mais frequência em regiões secas e com altas temperaturas, como é o caso do Cerrado. O ataque do fungo reduz o número de vagens, comprometendo a sanidade na planta e gerando a redução da produtividade.

Os primeiros sintomas perceptíveis tornam os pecíolos e ramos mais frágeis e deixam manchas no tecido foliar. Quando as vagens infectadas estão no estádio R3-R4, ficam com a aparência escura e retorcida. Quando o clima está muito úmido, as partes atingidas pelas doenças ficam cobertas pela frutificação dos fungos, deixando-as repletas de manchas escuras.

A antracnose pode causar morte das plântulas, necrose dos pecíolos e manchas nas folhas, hastes e vagens. Trata-se de uma doença que compromete toda a extensão da planta e que pode causar a perda total da produção.

  • Septoriose

Causada pelo fungo Septoria lycopersici, a septoriose é uma doença que atinge muitas áreas produtoras no país e possui alto poder destrutivo, podendo gerar perdas de até 100% da produção.

A septoriose ocorre em qualquer período do desenvolvimento da planta, sendo que o início do ataque pode ser percebido através de pequenas manchas circulares de cor escuras na parte inferior das folhas. A parte escura das manchas abriga as frutificações do fungo. Com o passar do tempo, as folhas atacadas adquirem a coloração amarela.

Controle através da estratégia do manejo consciente
Para todas as doenças citadas, as soluções para prevenção, controle e combate são semelhantes. O manejo de doenças proporciona os melhores resultados, de forma estratégica, eficaz, unindo qualidade, tecnologia e inovação.

Respeitando as características individuais de cada uma das doenças para definir o modo de ação contra elas, o Manejo Consciente, criado pela Syngenta em parceria com as principais instituições de pesquisa no Brasil, é um programa que foca na garantia de um manejo adequado e sustentável. A fim de ajudar o produtor no controle de doenças e garantir o futuro da cultura da soja no país, traz soluções eficazes para sua lavoura, usando a tecnologia de maneira correta no momento ideal.

Entre os princípios que amparam o Manejo Consciente, destacam-se:

  • Aplicação de fungicidas de forma preventiva;
  • Uso dos quatro modos de ação de fungicidas;
  • Aumento da eficácia dos programas com multissítios e triazóis e
  • Limite máximo de duas aplicações de carboxamidas.

Antes de ter doenças na lavoura, correndo o risco de trazer prejuízos e redução na produtividade e sofrer com prejuízos econômicos, é recomendado pensar na prevenção, que sempre deve ser realizada com os fungicidas Score FlexiElatus, Cypress e Bravonil.

A pulverização realizada com Score Flexi assegura uma boa cobertura foliar para as plantas, auxiliando no controle de doenças já no estádio vegetativo. Desenvolvendo o conceito de “aplicação zero”, Score Flexi combate as doenças antes que o ataque se torne perceptível na lavoura.

O produto ajuda a manter a sanidade da soja, que de desenvolve de forma saudável até o estádio reprodutivo. Ter mais controle desde o início do cultivo garante ao produtor o melhor custo benefício e uma safra mais produtiva, longe de prejuízos. Com o desenvolvimento saudável da planta, chega a vez da ação de Elatus, um fungicida com amplo espectro, de contato e sistêmico e a opção recomendada no momento de realizar a pulverização preventiva para o controle de doenças comuns na parte aérea das culturas.

O produto representa um novo patamar no controle às principais doenças da soja, como a ferrugem asiática, e age sempre em busca de reduzir prejuízos e danos para o consumidor. Além disso, é eficaz no tratamento de doenças secundárias, que também geram prejuízos e interferem na saúde da planta e na produtividade na hora da colheita.

A multipotência no portfólio da Syngenta é representada pela ação de Cypress. Ideal para qualquer momento do ciclo da planta, o produto polivalente age de forma eficaz tanto em contato com outros fungicidas quanto de forma individual. Sua eficácia é resultado da combinação de dois triazóis em sua composição, ideal no combate ao complexo de doenças da soja. Cypress é sinônimo de praticidade e eficiência na lavoura.

Driblando a resistência dos fungos e agindo em conjunto com os demais fungicidas, o multissítio Bravonil age contra a seleção das doenças. Além de possuir amplo espectro, consequência de sua formulação feita com Clorotalonil, que protege a planta a possui alto potencial de controle dos fungos, o multissítio tem boa aderência e cobertura foliar, protegendo a planta mesmo em dias chuvosos.

Protegendo e garantindo a qualidade de produção de um dos principais pilares da economia brasileira, o manejo consciente é também garantia de sustentabilidade, reduzindo custos para quem produz e busca os melhores resultados no final da plantação. Em um ambiente com um número de ações eficazes cada vez menor, a Syngenta preza pelo investimento em qualidade e tecnologia para ser o braço direito do produtor na lavoura.

Sempre junto ao agricultor sojicultor no combate às doenças, a Syngenta oferece um portfólio de produtos completo para a realização do manejo consciente de doenças, com soluções e tecnologias para todas as fases de sua cultura.

Syngenta e você: conectados dentro e fora do campo.