Imagine o sojicultor que, após a semeadura, quando começam a nascer as plantas, se dá conta que germinou apenas uma parcela do que ele plantou. E mais: parte do que germinou é uma cultivar diferente da que ele acreditou ter adquirido. Essa situação, que não é rara, pode ter como causa o uso de sementes piratas. Depois, o produtor tem de negociar os grãos com as esmagadoras. Mas os testes realizados por elas detectam que o agricultor utilizou sementes piratas e, por isso, vai ter de pagar multa pelo uso indevido de tecnologia da soja. Essa é outra situação corriqueira. Isso demonstra que esse tipo de semente, realmente, não é um bom negócio.

Para ter garantias de um plantio dentro das regras e evitar dor de cabeça desnecessária, o sojicultor deve sempre utilizar sementes certificadas. São aquelas que têm certificação de origem e são produzidas ou por uma indústria ou por um produtor de sementes registrado. Essas cultivares respeitam as normas do Mapa (Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento), regras relacionadas principalmente a vigor e germinação (acima de 85%). Elas também têm certificação de origem, o que garante suporte em caso de eventual problema.

As sementes certificadas têm duas características principais: genética (cultivares submetidas a melhoramentos e que assim passam por melhoramento genético) e biotecnologia (evento transgênico inserido na semente). Sementes desse gênero trazem segurança ao agricultor tanto para a genética quanto para a biotecnologia, já que a certificação garante que os processos foram devidamente seguidos e não proporcionará ilegalidade ou punição ao usuário. Os produtores interessados em utilizar tanto genética quanto tecnologia de terceiros devem reconhecer quem as desenvolveu, pagando os devidos royalties. Se não fizer isso, estará agindo de forma ilegal, que é o caso dos comerciantes de sementes piratas.

Já o produtor, ao colher uma safra de sementes certificadas, pode reservar (“salvar”) parte dos grãos para um próximo plantio. No entanto, ele também deve pagar por esse uso da biotecnologia e só pode utilizar o material na sua própria plantação. Ou seja, ele não pode vender para outro sojicultor as sementes que salvou.

“A biotecnologia na soja é caracterizada pela inserção de proteínas no DNA da semente, o que traz, por exemplo, resistência a herbicidas e a pragas, principalmente lagartas”, diz Gustavo Silberschimidt, gerente de produto de soja (licenciamento/IBP) da Syngenta.

Silberschimidt explica que as cultivares da Syngenta são pesquisadas e desenvolvidas para utilização de acordo com as especificidades das regiões do país. Ou seja, cada cultivar se adapta melhor a uma região, conforme o clima local (incidência de chuvas, principalmente), tipo de solo (arenoso ou argiloso) e época de plantio. Quando a cultivar é semeada na região recomendada, ela apresenta potencial para atingir sua máxima produtividade. As cultivares da empresa têm potencial produtivo de chegar a mais de 85 sacas por hectare (a média brasileira de produtividade é de 55 sacas).

O gerente da Syngenta também explica sobre a precocidade das cultivares certificadas. As sementes precoces têm ciclo de abaixo de 105 dias; nas de ciclo médio, esse período é de 105 a 120 dias; e nas de ciclo tardio, ultrapassa os 120 dias. “Quem planta soja no verão e na sequência cultiva milho safrinha, precisa que as chuvas contemplem as duas culturas. Se a cultivar de soja utilizada é precoce, a probabilidade de chuvas é mais alta, já que o ciclo mais curto abre espaço de tempo para que o plantio de safrinha se encaixe também no período de chuvas. Ou seja, como a soja fica menos tempo no campo, sobra tempo para que o milho safrinha também receba as chuvas. Se a cultivar é de ciclo médio, pode ser possível que o milho também seja beneficiado pelas chuvas, mas isso não é garantido e varia muito conforme a região. No caso das cultivares de ciclo tardio, não é possível, por questões de tempo, que ambas recebam chuvas.”

Ainda sobre as cultivares precoces: com a utilização delas, são necessárias menos aplicações de defensivos, o que traz economia ao sojicultor. Há regiões, no entanto, em que devido às condições climáticas, é necessário plantar cultivares de ciclo maior, para que não seja impactada negativamente pelo clima.

Outra importante característica de algumas cultivares do portfólio Syngenta é a tolerância ao estresse hídrico. São sementes que proporcionam produtividade normal mesmo com chuvas irregulares: toleram as chuvas irregulares, apresentando produtividades consideráveis. Uma das características que confere essa qualidade são as raízes mais profundas, que conseguem atuar de maneira mais eficiente para buscar água no solo.

Já em relação às sementes piratas, a Abrass (Associação Brasileira dos Produtores de Sementes de Soja) informa de forma categórica: “A pirataria é um grande risco ao desenvolvimento da agricultura brasileira, uma vez que a semente pirata não contribui com o recolhimento de royalties nem do germoplasma e nem das tecnologias. Desta forma, reduz o incentivo à pesquisa para o desenvolvimento de novas cultivares e novas tecnologias a serem incorporadas às sementes e, sem pesquisa, os avanços produtivos da agricultura brasileira reduzirão a cada safra. (…). A pirataria também coloca no campo sementes sem garantia de procedência e qualidade, o que traz riscos fitossanitários enormes e prejudica a produtividade das lavouras.”

O produtor que preza pelo seu negócio e pela sustentabilidade da sojicultora brasileira, que é um dos motores da economia nacional, não usa sementes piratas. A utilização dessas sementes ilegais desemboca no famoso ‘barato que sai caro’. Para conhecer as cultivares certificadas da Syngenta, clique aqui e confira as características das que mais se adaptam a cada região.