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Diferentemente de 2021, nos primeiros quatro meses de 2022 haverá um volume de chuvas acima da média em diversas regiões produtoras brasileiras.

De acordo com o meteorologista Alexandre Nascimento, da Rural Clima, os efeitos do fenômeno La Niña, que começaram na primavera de 2021, continuarão, pelo menos, até o próximo outono.

Como vimos em um artigo publicado recentemente no Mais Agro, o La Niña é um fenômeno natural caracterizado por temperaturas superficiais do mar mais frias do que a média encontrada nas regiões central e oriental do Oceano Pacífico, assim como das águas oceânicas localizadas perto do Equador.

A previsão é de que o fenômeno se despeça do Brasil no início do outono no Hemisfério Sul, em meados de março, sem deixar muitos prejuízos por aqui. O La Niña chegou em 2021 com efeitos amenos e, até então, as condições climáticas permitiram um bom início de safra. Ainda assim, vale a pena manter a atenção às previsões, principalmente para planejar o manejo e as operações nas lavouras.

Segundo Nascimento, na primeira quinzena de janeiro haverá melhora das condições de chuvas na região Sul do Brasil – principalmente no Rio Grande do Sul –, porém, em fevereiro e março pode haver uma grande redução de volume pluvial. Nas palavras do especialista: “Entre a segunda quinzena de janeiro e a primeira de fevereiro, a maior parte da colheita será realizada e há grandes chances de um alto volume de chuva em, pelo menos, dez dias desse período – conhecido como “invernada” – em algumas regiões produtoras, são elas: Mato Grosso, Goiás, MATOPIBA, Minas Gerais e Rondônia”.

Mesmo com a complexidade que o clima impõe ao longo do ano, Nascimento ainda destaca a importância de o produtor rural acompanhar as previsões do tempo regularmente e fazer um planejamento das culturas, de acordo com a época mais adequada para semeadura e colheita.

Primeiros dias de janeiro mostram o contraste do fenômeno climático em todo o país

Enquanto em grande parte do Norte e do Nordeste do país as chuvas caem em grande volume desde o final de dezembro até o momento, outras regiões, como o Sul, sentem a escassez de perto. O efeito disso é visto no rio Paraná, o segundo maior da América Latina, que está com o menor nível dos últimos 70 anos.

Ainda que tenha chovido nessa região nos primeiros dias de 2022, o volume não foi suficiente para as áreas produtivas, de maneira que a previsão é de retorno da escassez de chuvas.

Em outras regiões produtoras, como MATOPIBA e Pará, segue a previsão de alto volume pluviométrico, demonstrado pelo nível elevado do Rio Tocantins, com cheia em três estados: Pará, Tocantins e Maranhão.

Diante de tantas incertezas neste início de ano, a Syngenta está ao lado do produtor rural em todos os momentos, com o objetivo de impulsionar o agronegócio brasileiro com qualidade e inovações tecnológicas.

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Redação Mais Agro